Encontros Abertos
 

 

A história de Babar, o elefantinho

                                                                       
                             Texto de JEAN DE  BRUNHOFF                                    
                                                                                                         Música de FRANCIS POULENC (1940)
                                                                                                        Tradução para o português de Luci Collin        

Observação: O narrador deve anunciar o título da obra, bem como os nomes do autor e do compositor.
Após uma pausa, dá-se início à récita.

Na grande floresta nasce um elefantinho. Ele se chama Babar. Sua mãe o ama muito. Para fazê-lo dormir, ela o embala com sua tromba, cantando com muita doçura.

Babar cresceu. Ele agora brinca com os outros elefantinhos. É um dos mais amáveis. Ele se diverte fazendo buracos na areia com uma concha.

Babar passeia muito feliz nas costas de sua mãe.

De repente um cruel caçador, escondido atrás dum arbusto, atira neles.

O caçador matou a mãe de Babar. Os macacos se escondem, os pássaros debandam. O caçador corre para agarrar o pobre Babar. Babar se salva porque tem medo do caçador.

Depois de alguns dias, muito cansado, ele se aproxima de uma cidade... Ele fica espantado porque é a primeira vez que vê tantas casas. Quantas coisas novas! As belas avenidas! Os automóveis e os         ônibus!
Mas o que mais desperta o interesse de Babar são dois senhores que ele encontra na rua. Ele pensa: “Puxa, como estão bem vestidos. Eu adoraria ter uma roupa assim também... Mas o que devo fazer?”
Por sorte, uma velha senhora muito rica, que gostava muito de elefantinhos, ao olhar para ele compreende que ele tem vontade de ter uma bela roupa. Como gosta de agradar aos outros, ela lhe dá a sua bolsa.
Babar lhe diz: “Obrigado, madame”.

Agora Babar mora na casa da velha senhora. Pela manhã, com ela, ele faz ginástica. Depois toma seu banho.

Todos os dias ele passeia de automóvel. A velha senhora comprou um carro para ele. Ela lhe dá tudo o que ele quer.

No entanto, Babar não está plenamente feliz, pois não pode brincar na grande floresta com seus priminhos e com seus amigos macacos.
Muitas vezes, olhando pela janela, ele sonha ao pensar na sua infância...

e chora lembrando de sua mãezinha.

Dois anos se passam. Um dia, durante seu passeio, Babar vê dois elefantinhos totalmente sem roupas vindo em sua direção. – “Olha só, são Arthur e Celeste, meu priminhos!”, diz ele, surpreso, para a velha   senhora.
Babar abraça Arthur e Celeste, e depois vai comprar roupas novas para eles.

Em seguida, ele os leva a uma confeitaria para comerem doces muito gostosos.

Enquanto isso, na floresta, os elefantes procuram Arthur e Celeste; suas mães estão muito nervosas.

Felizmente, ao sobrevoar a cidade, uma velha cegonha os viu. E bem depressa ela veio avisar os elefantes.

As mães de Arthur e de Celeste partem em direção à cidade para procurá-los. Ao reencontrá-los a salvo, elas ficam muito contentes mas, mesmo assim, os repreendem.

Babar decide partir com Arthur, Celeste e com as tias para rever a grande floresta. Tudo está pronto para a partida. Babar abraça sua velha amiga e promete a ela voltar algum dia – nunca se    esquecerá dela.
A velha dama fica sozinha; triste, ela pensa: “Quando poderei rever meu pequeno Babar?”

Eles partiram... Não havia lugar no carro para as mães – elas correm atrás do carro e levantam as trombas para não respirar a fumaça.

No mesmo dia, lamentavelmente, o rei dos elefantes, durante um passeio, comeu um cogumelo venenoso.

Envenenado, ele ficou muito doente...

Tão doente que morreu.

Que grande desgraça!

Depois do enterro, os elefantes mais velhos se reuniram para escolher um novo rei. Bem nessa hora eles escutam um ruído; voltam-se – e o que é que eles vêem? Babar, que chega em seu carro, e todos os elefantes que correm gritando: “Olha só, vejam eles! Eles voltaram! Bom dia, Babar! Bom dia, Arthur! Bom dia, Celeste! Nossa, que roupas bonitas! E que lindo carro!” Então Cornélio, o mais velho dos elefantes, diz com voz tremula:
“Meus caros amigos, estamos procurando um rei, por que não escolher Babar? Ele vem da cidade, aprendeu muito com os homens. Vamos lhe dar a coroa.”
Todos os elefantes acham que Cornélio fez uma boa escolha. Impacientes, eles esperam a resposta de Babar. “Eu agradeço a todos, diz Babar, mas antes de aceitar, devo dizer a vocês que, durante nossa viagem de carro, Celeste e eu ficamos noivos. Se eu sou o vosso rei, ela será a vossa rainha.”
Viva a rainha Celeste!! Viva o rei Babar!!! - gritam todos os elefantes sem hesitar. E é assim que Babar torna-se....... Rei.

E então Babar diz a Cornélio: “Você tem boas idéias, assim eu lhe nomeio general e, quando eu tiver a coroa,  lhe darei meu chapéu de feltro.” “Dentro de oito dias me casarei com Celeste; faremos uma grande festa pelo nosso casamento e pela nossa coroação.” Em seguida, Babar pede aos pássaros que convidem os outros animais para as bodas.

Os convidados começam a chegar.

O dromedário, encarregado de ir à cidade comprar as roupas de festa, chega bem na hora do casamento.

Casamento de Babar.

Coroação de Babar.

Após o casamento e a coroação, todos dançam felizes.

Os pássaros se misturam à orquestra.

A festa terminou.

Cai a noite,
as estrelas apareceram.

O rei Babar e a rainha Celeste
felizes...  sonham embalados por sua felicidade.

Agora tudo dorme,
os convidados voltaram para suas casas, muito contentes,
mas cansados por terem dançado tanto.

Durante muito tempo todos se lembrarão deste grande baile.

 

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